quinta-feira, 19 de junho de 2014

Artigos do Elfo - A Hoste Soberana

Esta é uma serie de artigos sobre o cenário de Eberron de autoria da enciclopédia humana autodenominada Elfo. O Elfo é um usuário antigo da Spell RPG.


Os textos são leves e bem humorados, trazendo bastante informação útil sobre o cenário de Eberron. O artigo a seguir fala da Hoste Soberana, a maior religião de Khorvaire.

Sobre a Hoste Soberana

Religião predominante em quatro das Cinco Nações, a Hoste Soberana (e sua contraparte, a Héxade Sombria) é provavelmente o sistema de crença dominante em toda Khorvaire, especialmente em suas porções urbanas e civilizadas. Ele é talvez o sistema de crença mais fácil de assimilar ao jogador médio de D&D, acostumado com panteões de divindades com personalidade e temperamento humano – contudo, essa similaridade é apenas superficial.

Símbolo da Hoste Soberana
A primeira coisa a se ter em mente quanto a Hoste é o seu aspecto de Soberania (ou a Doutrina da Soberania Universal). Uma divindade que faz parte da Hoste não tem uma personalidade ou comportamento como esperado para algo limitado, como são criaturas mortais ou mesmo a maioria dos extraplanares. Um Soberano não (apenas) faz algo – ele é algo. Onatar não é uma figura de um anão barbudo criando machados para seus filhos (embora alguns anões talvez o vejam assim) - Onatar é cada vez que alguma criatura aquece um metal, o resfria e faz tomar forma. Onatar é o calor da forja, o produto de sua criação e o próprio conceito de ferramenta. Ele não precisa agir - ele é a inspiração e força por trás da ação.

A Soberania Universal é representada pela frase "Assim como é o Mundo, São os Deuses. Assim como são os Deuses, é o Mundo". Tal frase indica que não há nenhum aspecto de Eberron que escape do alcance da Hoste - exceto a Morte. Salvo alguns grupos pequenos, o fiel da Hoste Soberana não espera um pós-vida proveitoso, pois a Hoste não tem influência em Dolurrh. Todos terão o mesmo fim na indiferença cinzenta e nebulosa - e aqueles sectos que não creem nisso esperam que um dia, a Hoste Soberana passe a exercer sua Soberania ali, divinizando essa região. Dessa maneira, a fé na Hoste é depositada na esperança de uma vida feliz e um mundo melhor aos seus descendentes, não na eternidade.

As Above, So Down Below
Também uma extensão da ideia da Soberania Universal, é a visão que todos os deuses são reflexos, aspectos ou interpretações diferenciadas de outras culturas, que ainda não conheceram a Hoste ou que a interpretam de outra maneira. Assim, a Chama Prateada nada mais é do que a crença em um aspecto menor de autossacrifício de Dol Arrah, enquanto a maioria dos sectos druídicos são interpretações primitivas que misturam a crença em Balinor, Arawai (em seus aspectos positivos) com a Fúria (em seus aspectos negativos).

Ao mesmo tempo, essa ideia leva a interessantes problemas ao fiel, pois o que fazer quanto a Héxade Sombria? Eles também são divindades com a mesma origem da Hoste Soberana, então porque são tratados como um grupo a parte? Uma interpretação é que tal separação ocorreu devido ao estupro que o Devorador cometeu em Arawaii, fazendo com que tais divindades se distanciassem, mas como isso é possível, se nada escapa aos deuses? Outra explicação possível é que tal divisão não veio dos Soberanos ou Sombrios, mas sim dos seus fieis, que separam o panteão entre divindades da civilização, da ordem e do crescimento daquelas que representam aspectos selvagens, incontidos ou dramáticos do mundo.

Para conferir este artigo no original, acesse:
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